Uma amiga minha me perguntou qual
meu clipe favorito da 1D (sim, eu sou fã de One Direction, pois é), no momento
minha resposta para isso é History, ela perguntou o motivo e eu falei que é um
clipe que me traz muitos sentimentos, eu rio, choro, fico com raiva, tudo isso
em um único clipe... A conversa com minha amiga foi longa, e eu não sou do
departamento de música do blog então não vou abrir o assunto, mas eu sou do
departamento de seriados, e tem um episódio mágico de um seriado perfeito que
me causa um efeito bem parecido ao do clipe.
Doctor Who – O Dia do Doutor, é o
episódio especial do aniversário de 50 anos da série (é, 50 anos, depois eu
falo sobre essa maravilhosidade) é
fabuloso. Pra variar, Moffat escreveu algo para destruir meu pobre coração
whovian, Marcus Wilson, o produtor, descreveu como uma carta de amor para os
fãs.
Imaginar David e Matt no mesmo
episódio já era algo de iluminar os olhos, mas O Dia do Doutor reservava muitas
outras emoções para os fãs da série. Com eventos preocupantes em diferentes épocas,
3 versões do Doutor se pegam juntos para resolver algo que eles gostariam de
poder esquecer, a Guerra do Tempo foi a maior tragédia de Gallifrey, mas dessa
vez eles podem “mudar o quadro”...
Esse especial gerou muitos
questionamentos, a BBC não liberou muita informação até muito próximo da data de
exibição, depois descobrimos que isso pode ter ocorrido pois o próprio Moffat
não fazia idéia de como seria até muito próximo das gravações. Como os especiais
clássicos, já era esperado um encontro de doutores, mas como Eccleston, o 9º
Doutor, recusou voltar ao papel, ficou tudo meio confuso. Moffat chegou a
cogitar um episódio apenas com a acompanhante Clara, sem doutores, mas então o
David e o Matt finalmente entraram de forma oficial no projeto e o Moffat surgiu com um grande nome para suprir a ausência do Eccleston.
Não importa quantas vezes eu já
vi, eu sempre termino esse episódio super emocionada. Ver a Billie de novo é
ótimo. O encontro entre o 10º e o 11º é lindo, não é só porque eles são as
minhas versões favoritas, mas é realmente muito divertido ver os dois
trabalhando juntos. Eu não ia muito com a cara da Clara, mas ela conseguiu me
conquistar nesse episódio. O John Hurt
como o Doutor da guerra é algo muito bom de se ver, ele ficou eufórico em saber
que seria um "Doctor Who”, e sim ele é,
ele foi um excelente Doutor, realmente conseguiu capturar as características da
série.
E agora as duas aparições mais
importantes pra mim:
CAPALDÃO! O Peter Capaldi é o 12º
Doutor (eu não conto o Hurt como número, ele é o Doutor da Guerra, é especial),
é o que está na série atualmente, mas na época ainda era um grande mistério quem
iria ser o Doutor depois da regeneração do Matt. A participação dele no
especial é bem rápida, só podemos ver os olhos e ouvir a voz dele, mas apenas
essa cena, fez muita gente se arrepiar e gritar (incluindo eu...).
Tom Baker, o doutor preferido
entre os britânicos e um dos que eu mais gosto das temporadas clássicas. Tom
não aparece como o 4º doutor no especial, pelo menos não de forma clara, ele é
uma espécie de curador da Galeria Nacional de Londres, e tem uma curta, porém
muito instigante, conversa com o 11º doutor. Foi sem dúvidas a participação mais
emocionante de todo o episódio, o mesmo olhar e o mesmo sorriso, pra
mim ele e o Matt foram os doutores mais fofos, e que tinham o lado criança mais
evidente, então a conversa entre os dois foi muito divertida, além de
emocionante.
O especial tem um enredo incrível,
principalmente para quem acompanha a série, cheio de revelações e reviravoltas,
3 Tardis reunidas no mesmo lugar, é um sonho. E o talento de Moffat fica em destaque, é um episódio super amarradinho, ou seja, sem brechas. Ele conseguiu
dar respostas a perguntas que surgiram nas temporadas anteriores, respondeu a
praticamente todas as dúvidas que criou em nossas mentes no episódio e nos
mostrou um bom plano do que viria por aí.
Se você nunca viu Doctor Who,
esse pode ser um bom episódio pra começar, eu até diria pra você começar do
começo, mas são mais de 50 anos de série, eu poderia dizer pra pular as
temporadas clássicas (são 26) e começar pelo 9º doutor, como a maioria de nós,
mas já estamos na décima, então assistam
o especial e depois decidam por onde começar... Mas provavelmente, como a
maioria de nós, mesmo que você comece da décima temporada, em algum momento
você vai procurar as primeira e mergulhar nesse universo incrivelmente
maravilhoso de Doctor Who.
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