O Boneco do Mal (The Boy), dirigido
por William Brent Bell e lançado em 2016, é uma
bela proposta de filme com terror psicológico. Alguns clichês e um bom final.
Greta (Lauren Cohan)
está tentando fugir de um relacionamento abusivo e resolve procurar emprego em
outras cidades. Ela aceita uma vaga como babá para o casal Heelshire (Diana
Hardcastle e Jim Norton), mas ao chegar descobre que o
garotinho que irá tomar conta na verdade é um boneco, muito realista, que
representa o falecido filho dos Heelshire.
O casal, já idoso, trata o boneco
como uma criança real e possui todo um sistema de rotina para a criação do “filho”.
Greta vê aquilo tudo como loucura, mas como precisa manter o emprego para se manter
longe do ex namorado Cole (Ben Robson), ela permanece na tarefa. Malcolm (Malcolm),
o garoto de entregas do supermercado, também se torna um importante motivo para
que a moça continue na casa.
Tudo segue o mais normal
possível, considerando a situação, até que o casal resolve viajar e deixa Greta
tomando conta, sozinha, do pequeno Brahms. Mrs. Heelshire entrega a babá uma
lista com as coisas que devem ser feitas diariamente com o garoto, e avisa que
ela deve seguir as regras e horários rigorosamente para manter o filho feliz.
Na minha opinião o filme é realmente
bom, ele tem uma trama interessante criada por Stacey Delay, não
consegue fugir de alguns clichês mas tem um final que pode surpreender.
Encontrei muitas críticas
negativas para The Boy, mas não concordei com boa parte delas, na verdade
algumas podem ser bem contraditórias. Alguns dizem que a ideia no final do
filme estragou todo o enredo, e outros afirma que esse ponto é justamente o que
salvou tudo.
(Alerta Spoiler)
O que vejo acontecendo muito por
aí, são pessoas criticando filmes de terror por motivos de “poucas mortes”, “pouco
sangue”, “pouco demônio”. Pouca morte e pouco sangue pra mim são pontos muito
bons nos filmes de terror mais recentes, e sempre gostei de um terro psicológico
bem trabalhado. Algo interessante nesse filme é a explicação não sobrenatural
para os eventos, o que é uma boa resposta para os clichês apresentados durante
a trama.
Não sei vocês, mas eu geralmente
tento “prever” o rumo que o filme vai levar, e em filmes de terror me dá muita
raiva os personagens e ações óbvias. Greta realmente me irritou no começo do
filme, ela teve diversas dicas do casal para o que estava de fato acontecendo
na casa, Mrs. Heelshire praticamente diz a ela “faz assim se não você morre” na
hora em que entrega a lista, mas a babá prefere ignorar tudo e deixa o boneco
largado, até que ela descobre da pior forma que aquilo tudo é bem mais real do
que ela imagina.
Achei o casal Heelshire muito bem
desenvolvido, eles conseguem levar o espectador pelas diferentes partes do
filme. No início você imagina que é só um casal de velhinhos que enlouqueceu
por perder o filho tão novo, mas no momento que eles “saem de férias” deixam
pistas do que pode estar ocorrendo na casa e no final tudo faz sentido. Por falar
em final, ele fica em aberto, o que deixa a possibilidade para uma sequência.
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