Um Jardim de Sororidade



Comemorando o Dia Internacional da Mulher vou falar de um clássico das ligações entre as mulheres. Flores de Aço é uma história maravilhosa, você encontra família, amizade, amor, mágoas, lealdade e uma força incrível.



Tudo começa com os preparativos para o casamento “cor de rosa” de Shelby, ela e sua mãe M’Lynn vão para o Centro de Beleza da Truvy e conhecem a nova funcionária Anelle. Além das duas, Truvy possui mais duas clientes/amigas, frequentes no salão: Clairre e Ouiser. A situação poderia levar a um filme realmente doce, onde mulheres de diferentes gerações comemoram a vida e a amizade entre elas, mas a trama vai um pouco além.
Shelby tem um tipo muito perigosos de diabetes e acaba entrando em crise durante uma animada conversa no salão. A doença da filha deixa M’Lynn apreensiva com o casamento pois os médicos alertaram que seria melhor se Shelby não engravidasse, pois poderia afetar drasticamente seus rins. Mesmo com a preocupação da mãe, a moça se casa e acaba tendo um filho.

Enquanto isso Truvy, a dona do salão, precisa lidar com o inicio de depressão do marido, por não arrumar um emprego, o que faz com que ele se isole em casa e a deixe de lado. Anelle tenta superar um casamento que deu errado mergulhando na religião. Clairee, a eterna primeira dama da cidade, aprende a viver sem o marido e continuar com seu estilo de vida, além de viver as voltas com Ouiser, uma senhora pouco sociável.

(versão de 1989)


(versão de 2012)


(alerta spoiler)
Flores de Aço é uma história realmente linda, apresenta uma profunda ligação que é comum entre as mulheres, cada uma delas possui seus problemas, questões, segredos, e todas estão lá para as outras. Conversas que começam bobas e acabam intensas, comentários que poderiam iniciar uma guerra, mas acabam em boas risadas.

As duas versões são interessantes, eu vi a de 2012 antes, e imaginei que pudesse ter uma grande diferença com a primeira. A de 1989 tem um elenco principal com atores brancos, já a segunda versão traz estrelas negras para protagonistas, teoricamente quando um filme tem o elenco negro suas informações culturais são quase sempre exageradas e diferenciadas. Foi uma surpresa quando, logo no início, percebi que não existe na minha opinião uma diferença muito grande entre as versões, talvez pelo fato da região ser a mesma nos dois filmes, o estado da Louisiana não possui uma diferença tão grande entre a cultura branca e negra, o título em inglês leva o nome da flor símbolo do estado, Steel Magnolias.

Uma das minhas cenas favoritas acontece durante o velório de Shelby. M’Lynn finalmente tem um ataque pela situação da filha e suas amigas tentam conforta-la sem muito sucesso, até que ela diz que tem vontade de bater em algo e Clairre oferece Ouiser como alvo, após essa explosão todas caem na risada. As conversas que seguem essa cena mostram uma intimidade e lealdade que fortalece ainda mais a amizade do grupo.

O filme começa com o casamento de Shelby, passa pelo momento da gravidez e morte da mesma, e acaba com Anelle entrando em trabalho de parto durante a festa de Páscoa. O bebê irá levar o nome de Shelby, pois foi em seu casamento que Anelle conheceu o atual marido e ela desejava fazer uma homenagem para a amiga.

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