A talentosa britânica de origem tâmil (Sri Lanka) Mathangi ''Maya'' Arulpragasam cujo nome artístico é M.I.A. (uma brincadeira com a sigla do filme Missed in Action, filme B do Chuck Norris) mostrou potencial em toda a sua carreira desde o excelente disco de estreia Arular (2005) que mostrava uma artista de hip-hop experimental cuja música ultrapassava o gênero com pegadas eletrônicas, deixando assim registrado sua identidade.
Apesar da sua formação como artista plástica, designer e cineasta o seu destino com a carreira musical começou em 2002 e desde então não parou, o elogiado disco Kala (2007) que trouxe uma artista mais politizada e o sucesso mundial do hit ''Papper Planes'' que só expandiu as atenções do mercado para a artista. Ainda contratada pela XL Recordings lançou o Maya (2010) que alcançou as melhores posições nos charts mundiais, um disco que foi marcado pela colaboração do ex-marido Diplo na produção e a cantora mostrou um lado diferente desde o single ''XXOO'' que não apresenta rap em sua execução. É no quarto álbum intitulado Matangi (2013) que a rapper referencia sua origem com temas relativos ao hinduísmo, um mixtape de estilos ocidentais e orientais e nele é extraído um dos maiores singles da cantora ''Bad Girls'' que combina melodia do Oriente Médio e um refrão pop e dançante.
Apesar da sua formação como artista plástica, designer e cineasta o seu destino com a carreira musical começou em 2002 e desde então não parou, o elogiado disco Kala (2007) que trouxe uma artista mais politizada e o sucesso mundial do hit ''Papper Planes'' que só expandiu as atenções do mercado para a artista. Ainda contratada pela XL Recordings lançou o Maya (2010) que alcançou as melhores posições nos charts mundiais, um disco que foi marcado pela colaboração do ex-marido Diplo na produção e a cantora mostrou um lado diferente desde o single ''XXOO'' que não apresenta rap em sua execução. É no quarto álbum intitulado Matangi (2013) que a rapper referencia sua origem com temas relativos ao hinduísmo, um mixtape de estilos ocidentais e orientais e nele é extraído um dos maiores singles da cantora ''Bad Girls'' que combina melodia do Oriente Médio e um refrão pop e dançante.
Nota do ILustres: 3,4/5 |
AIM (Interscope/ Polydor) é o quinto álbum da cantora produzido por Blarstarr, Diplo e Skrillex. O disco, segundo a artista será o último da sua carreira, apesar do fracasso comercial do disco anterior (Matangi), porém AIM é um disco que vai além disso, é um registro de temas políticos atuais fundido com temas culturais e expande ainda mais sua visão musical mesclando vários estilos e mostra um trabalho versátil e satisfatório. Depois das ameças de vazar o disco antes do seu lançamento, já que o visto da Maya tinha negado inúmeras vezes nos Estados Unidos, e o processo de finalização do disco atrasou completamente, porém tudo foi resolvido e a cantora conseguiu lança-lo a tempo. As referências do AIM vão das cicatrizes da guerra civil do Sri Lanka, sua vida como refugiada Tamil, de suas crenças pessoais, da violência e brutalidade policial contra os imigrantes, além de comentários da indústria musical e do Formation da Beyoncé.
''Borders'' é o primeiro single lançado e abre o AIM, faixa hiper-política que tem um rap amigável e é bem radiofônica, que trata claramente da desesperada crise dos refugiados na Europa e no qual o videoclipe é dirigido pela artista e causou polêmica.
''Go Off'' é o segundo single do disco e é uma faixa colaborativa produzida pelo Blaqstarr e o pelo Skrillex, combina EDM (característico do Skrillex) com RCA/Reggae bem dançante e gostoso de ouvir, seus versos retratam sobre posições do poder.
''Bird Song'' é bem experimental, traz influência da música indiana e lembra um pouco músicas Tamil dos anos 80, claro um referencial da sua herança musical que ganha um remix especial pelas mãos do Blaqstarr.
''Jump In'' é uma faixa que te enche a cabeça com o seu tom estonteante e repleto de sons confusos, mas que depois justifica-se pela mensagem do louco clima político no mundo.
''Freedun'' traz loops maravilhosos e meticulosos e fora a parceria inusitada do Ex-One Direction Zayan Malik que aqui destaca-se pelos vocais líquidos e auto-tunados que coagulam com sinos tocando e ainda influenciados pelo ritmo oriental e paquistanês da origem paterna do Zayan.
''Foreing Friend'' é uma faixa agradável de melodia voltada ao soul, mas com ganchos do melhor do rap e hip-hop proporcionado pela M.I.A. que faz uma belo uso das palavras e fora o excelente vocal do Dexta Daps.
''Finally'' faixa mais pop do disco e tem a levada das músicas atuais que tocam nas rádios, claramente comparada com o que o Major Lazer faz atualmente, vale a pena ouvi-la mais de uma vez pela simpatia da melodia.
''Ali R U OK_'' é mais uma faixa forte que fortalece ainda mais a sua herança de música indiana. que aqui soa muito bem com a modulagem que o Skrillex faz excepcionalmente bem.
''Fly Pirate'' é uma faixa que brinca com o eletrônico e o pirotécnico, traz uma sonoridade hipônica e um pouco irritante, porém é uma crítica ao capitalismo.
''Bird Song'' é uma canção dançante, mixada graciosamente pelo Diplo, e tem em segundo plano um zumbido kazoo irritante, mas você acaba ignorando pelo ritmo hipnotizante.
''Swords'' uma faixa incrível, foi gravada durante uma viagem à Índia da cantora, a faixa soa mais incrível polo som de batidas de espadas como percussão, com um tom lirico e com uma pegada hinduísta e lembra certamente as canções clássicas dos primeiros discos.
''Platforms'' fecha super bem o disco, não só por soar diferente com elementos da música dos anos 80 e dessa vez ocidental, mas sim por ter um rap limpo e contido com uma melodia transparente e simples que agrada a todos.
Se este é realmente o último disco da cantora, não há razão para perder a fé, já que sua contribuição para o mundo da música foi bem satisfatória e vai deixar sem dúvidas o seu legado. AIM tem muitas canções que deixam clara o mixer de influências e de porta voz do ativismo político da cantora, apesar das canções serem quentes, frias e outras mornas, resta saber se o álbum se tornará um clássico ou apenas uma prévia para a sua própria reinvenção.
O disco teve seu lançamento no dia 09 de setembro (sexta-feira) e já está disponível nas plataformas Spotify, iTunes e Deezer,
Ouça bem: Go Off, Freedum, Finally, Platforms e Swords.
Para quem gosta de: Azealia Banks, Major Lazer e FKA Twigs
''Platforms'' fecha super bem o disco, não só por soar diferente com elementos da música dos anos 80 e dessa vez ocidental, mas sim por ter um rap limpo e contido com uma melodia transparente e simples que agrada a todos.
Se este é realmente o último disco da cantora, não há razão para perder a fé, já que sua contribuição para o mundo da música foi bem satisfatória e vai deixar sem dúvidas o seu legado. AIM tem muitas canções que deixam clara o mixer de influências e de porta voz do ativismo político da cantora, apesar das canções serem quentes, frias e outras mornas, resta saber se o álbum se tornará um clássico ou apenas uma prévia para a sua própria reinvenção.
O disco teve seu lançamento no dia 09 de setembro (sexta-feira) e já está disponível nas plataformas Spotify, iTunes e Deezer,
Ouça bem: Go Off, Freedum, Finally, Platforms e Swords.
Para quem gosta de: Azealia Banks, Major Lazer e FKA Twigs
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é muito importante!
Seu comentário será visualizado por todos.