RESENHA: OneRepublic aposta em renovação no pop rock com o disco ''OH MY MY''.

Foto: Reprodução | +OneRepublic 
Tomados por uma carreira de altos e baixos, os ''hitmakers'' OneRepublic, banda que teve sua origem no Colorado nos Estados Unidos e é formada pelo líder e compositor Ryan Tedder (vocal e piano), Zach Filkins (guitarra e vocais), Eddie Fisher (bateria), Brent Kutzle (baixo e cello) e o Drew Brown (guitarra, teclado e samples). 

A banda de pop rock formada em 2002, só teve reconhecimento após um contrato com uma grande gravadora, a Mosley Music Group em 2006 e seu disco de estreia o Dreaming Out Loud (2007) foi lançado no ano seguinte e debutou na 14º posição da Billboard 100 (ranking de vendas dos principais discos dos Estados Unidos) e vendeu mais de 2 milhões de cópias mundialmente. Seu primeiro single e que alavancou a carreira do grupo, foi ''Apologize'' que ganhou uma versão remexida de um dos principais produtores da época, o Timbaland. Outras faixas que merecem destaque: Mercy, All We Are e All Fall Down. 

Waking Up (2009), o segundo disco da banda estreou na 21º posição da Billboard 100 e garantiu ótimas posições nos charts europeus, exclusive na Alemanha e na Áustria e vendeu cerca de 2 milhões de cópias nos Estados Unidos. O single "Marchin On" foi selecionada pela FIFA para ser tema da Alemanha na Copa do Mundo de Futebol de 2010. All the Right Moves, Good Life e Secrets são faixas que merecem destaque nesse disco. 

O terceiro disco, Native (2012) trouxe singles como Feel Again If I Lose Myself, mas nada se compara com a força do excelente single Counting Stars que atingiu a 2ª posição na Billboard Hot 100, assim sendo a melhor posição desde Apologize. A canção tornou-se o maior sucesso da banda no Reino Unido e também garantiu 1 bilhão de visualizações no YouTube e no canal da banda na Vevo.  Destaque para outras faixas do disco como: Love Runs Out, I Lived e Something I Need. 

OneRepublic - Oh My My.jpg
Nota do ILustres:
4.5 de 5 estrelas.4.5 de 5 estrelas.4.5 de 5 estrelas.
3,5 de 5

OH MY MY (Mosley/ Interscope, 2016) é o quarto disco de estúdio do OneRepublic. O disco é distribuído em 16 faixas que soam com referências próprias da carreira da banda. Segundo Ryan Tedder o conceito das canções seriam mais voltadas ao orgânico para se diferenciarem de outros grupos radiofônicos que foram surgindo nos últimos anos. Porém a obra se perde um pouco por parecer uma extensão do último trabalho da banda, o Native. Parcerias com o cantor Peter Gabriel dão uma pitada de otimismo para o disco, assim feito com a cantora Santigold e o duo francês Cassius que apimenta a faixa título. 








🎧  ''Let's Hutt Tonight'' é a faixa que abre o disco sua melodia com uma levada acústica soa similar com outras faixas dos primeiros discos da banda, mas agora com uma percussão bem mais marcada e de forma limpa sem uso de sintetizadores.

🎧 ''Future Looks Good'' é outra faixa que mescla a leveza da sonoridade acústica e manjada do grupo  e sintetizadores similares com algo feito do ''A Head Full of Dreams'' último do Coldplay.

🎧 '' Oh My My''  é a faixa título do disco, um funk produzido pelo duo francês Cassius (seriam eles uma cópia do Daft Punk?) que abusa de sintetizadores e uma linha de baixo espetacular e afiada, deixando um pouco de lado aquele voz e violão das duas primeiras faixas e se entregando logo de vez para as pistas de dança. 

🎧 ''Kids'' é a faixa escolhida para ser o segundo single e tem de cara uma melodia agradável que se apropria de um sample e batidas envolventes e além de contar com um ''refrão-chiclete'' e cheios de falsetes do Tedder com toda as características de hit radiofônico. A canção poderia ser a maior canção  dançante da banda, porém não tem potencial para chegar ao nível de Counting Stars. 

🎧 ''Dream'' é a faixa que muda de vez a estética inicial do disco, com uma linha do baixo mais afinada do que nunca, e uma surpresa, riffs de guitarra com efeitos sonoros e uma percussão marcada de deixar o ouvinte bem surpreso. A canção é bem envolvente e a mais inovadora do disco. 

🎧 ''Choke'' é a faixa que pede uma pausa para faixas dançantes e agitadas e é uma baladinha que inicialmente apresenta a leveza ao som do piano e ganha força com a extravagância do vocal do vocalista Ryan Tedder acompanhado de um coral em uma melodia harmônica e uma atmosfera que agrada alguns ouvintes. 

🎧 ''A.I.'' e outra faixa inovadora do disco por contar com a participação inusitada do  Peter Gabriel esbanja uma melodia com elementos 80's synth. É uma canção bem produzida que apresenta samples de tirar o fôlego que o Ex-Genesis brinca e explora muito bem na produção. 

🎧 ''Better'' é mais uma faixa viciante e que precisa de atenção aos detalhes como elementos diferenciados nunca vistos em nenhuma canção da banda. A canção se apodera de um estilo único e absolutamente envolvente derivado de uma boa melodia influenciada pelo trip-hop.

🎧 ''Born'' é uma faixa que poderia muito bem ter entrado no repertório do Native, porém aqui o grupo brinca de misturar samples, inclusive a abertura da faixa é incrível com aquele sample instrumental oriental.  

🎧 ''Human'' é outra faixa dançante, um pouco genérica, porém com uma melodia base bem interessante e o Tedder ataca com auto-tune em alguns versos e isso dar mais um charme a canção que tenta de tudo para chamar a atenção do ouvinte. 

🎧 ''Lift Me Up'' é a antítese da faixa anterior, se Human parece soar genérica, a canção leva em conta elementos simples de um pop bem produzido, como refrão gostoso de se ouvir e uma batida envolvente que deixa o ouvinte satisfeito por um bom tempo. 

🎧 ''Nbhd'' é uma faixa que inicia com uma pegada de indie rock, que por sinal ficou ótimo, mas se perde no refrão que volta para o pop rock com as mesmas batidas. A colaboração da cantora Santigold surge em um momento oportuno e resgata a singularidade da canção. 

🎧 ''Wherever I Go''  é a faixa escolhida para ser primeiro single, uma ótima opção para alcançar os charts. Uma canção dançante, com refrão pegajoso e pronto para tocar nas pistas de dança.

🎧  ''Heaven'' a última faixa do disco na versão standard. É uma canção que não apresenta originalidade, pois aqui parece tudo repetitivo e com batidas recicláveis, minha impressão é que a faixa  foi colocada no disco de ultima hora. 

Ouça Bem: Kids, Dream, A.I. e Better.
Para quem gosta de: Maroon 5, The Script e The Fray.

  
Victor Luís | @_victo
Victor Luís | @_victo

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