Prepare-se para muitos lencinhos, pois há oceanos de lágrimas na minha indicação de hoje. Lançado em 2016 no Festival de Veneza, A Luz Entre Oceanos, com direção de Derek Cianfrance (Blue Valantine), é um roteiro adaptado do livro bestseller homônimo do escritor australiano ML Stedman.
Divulgação - Paris Filmes |
A luz entre oceanos não é sutil, ele é carregado com desafio franco e com performances fortes, sinceras de Alicia Vikander e Michael Fassbender, na pele dos protagonistas.
Fassbender interpreta Tom Sherbourne, um jovem ex-militar australiano em 1919, que está psicologicamente marcado por suas experiências de guerra. Ansioso por tranqüilidade e solidão, ele toma um emprego como guardião de farol na bela e remota ilha de Janus Rock, em homenagem ao deus de duas faces cuja dualidade é tão metaforicamente importante. Antes de sair, ele é recebido pela comunidade local no continente, especialmente pela jovem e linda, Isabel Graysmark (Vikander), que está também emocionalmente ferida pela perda de seus irmãos na guerra. Eles se casam e ele leva Isabel para o que corresponde ao seu reino, a ilha privada.
Divulgação Paris Filmes |
A princípio, eles estão completamente felizes, com Isabel aparando ternamente o bigode militar de Tom. Mas seus esforços para ter filhos terminam em aborto e desastre, a solidão amplifica sua depressão insuportavelmente, e Isabel começa parecer dentro de sua melancolia. Então eles são salvos - ou condenados - pelo que parece um milagre: um barco de remo a deriva com um homem morto a bordo e um bebê pequeno, chorando.
Tom percebe como cuidar do bebê tem curado Isabel e suprime seus escrúpulos para encobrir este desastre marítimo, enterra o corpo do homem e apresenta a todos o bebê como seu próprio. É um crime que está enterrado na sepultura rasa de sua dupla consciência, levantando-se à superfície quando Tom e Isabel vêm ao continente para o batismo de seu bebê e fazem uma descoberta inesperada no cemitério: o bebê tem uma família, com uma Mãe de luto (vivida por Rachel Weisz), cuja própria história de perda ocorre em contradição com seu próprio ganho problemático.
É uma agonia a escolha: entre mães rivais e depois entre lealdade ao cônjuge ou à criança. Em muitos aspectos, os momentos mais puramente tocantes do filme são aqueles que precedem o ensurdecedor clamor da tragédia - quando a vida relativamente normal de Tom e Isabel está começando a agravar-se e os desapontamentos maçantes da normalidade estão começando a se apoderar. Quando o casal está começando a se perguntar como e se eles podem atravessar essa situação.
Livro que deu origem ao filme Editora Rocco |
Aliados às excelentes performances e ao roteiro primoroso, a trilha sonora emocionante, perfeitamente bem colocada de Alexandre Desplat vem para coroar as cenas com mares românticos gigantescos e detalhados na fotografia lindíssima de Adam Arkapaw.
Você vai precisar de um pouco de sensibilidade para encarar A Luz Entre Oceanos, mas pode assistir cheio de confiança de que ao final dará aquele suspiro de quem acabou de testemunhar uma obra de arte do cinema.
Até a próxima!
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