Menina Má - Será a maldade uma espécie de semente que carregamos dentro de nós?

Oláá, na coluna de hoje falo do livro Menina Má, com o título original de The Bad Seed (A Semente Ruim, em tradução livre) foi escrito pelo americano William March e publicado originalmente em 1954, mas a edição que eu li foi uma publicação impecável da DarkSide Books.

Fonte: DarkSide Books


Em Menina Má nós acompanhamos a história de Christine Penmark e sua filha Rhoda, a pequena malvada do título, uma linda garotinha de 8 anos de idade. Mas quem vê a carinha de anjo, não suspeita do que ela é capaz. Seria ela a responsável pela morte de um coleguinha da escola? A indiferença da menina faz com que sua mãe comece a investigar sobre crimes e psicopatas. Aos poucos, Christine consegue desvendar segredos terríveis sobre sua filha, e sobre o seu próprio passado também.

O enredo tem como cenário uma cidadezinha do interior dos Estados Unidos na década de 1950 e esse clima doméstico, de cidade pequena nos aproxima ainda mais da história, tornando-a um pouco mais terrível e real.

Os personagens foram realmente incríveis neste livro, muito bem construídos psicológicamente e cheios de nuances. A Christine foi uma grande personagem e eu simpatizei bastante com ela. Eu esperava que ela fosse aquela típica dona de casa sem muita profundidade, mas acabou por ser muito mais do que isso. Rhoda, a menina sobre a qual a história gira em torno era uma perfeita representação, ainda incomum de psicopatia. Incomum no fato de que ela aparenta ser uma menina doce e inocente. Tudo o que ela acaba por retratar, no entanto, é um retrato claro e preciso de um psicopata.

A exploração de psicopatia, da violência e da psicologia humana em geral foram fortes temas deste livro que eu pensei que foram soberbamente feito. Não só da protagonista, Rhoda, mas de todos os personagens como, por exemplo, a Sra Breedlove vizinha da garotinha que foi brevemente analisada pelo Dr Freud no livro e é absolutamente fascinada por analisar a psique de todos a sua volta mas, principalmente do seu irmão Emory, ou também o zelador Leroy, com seu comportamento sádico e ameaçador. O enredo possui também algumas reviravoltas impressionantes e chocantes – que se eu contar provavelmente percam o efeito, então vamos nos manter assim.

                Esse não é um livro simples, pelo menos não o foi para mim, demorei algumas semanas para concluir a leitura, mas eu realmente gostei dele. Para ser sincera, não esperava que fosse gostar tanto, apesar das boas expectativas que tinha nele, nem tampouco esperava que a história seria tão impactante. Então, se você curte thrillers psicológicos, horror ou clássicos da literatura moderna de uma maneira geral, eu recomendo este livro para você. E recomendo muito a edição da DarkSide, que está com uma diagramação incrível! 

Ahhh! E a quem possa interessar, essa obra possui duas adaptações para o cinema, uma de 1956 e outra de 1985.

Até a próxima!


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