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Grande acerto da DC Comics (Warner) com a sua principal heroína nos cinemas. |
75 anos atrás foi publicado uma revista em quadrinho intitulada de Wonder Woman #1 que mudaria para sempre a história da editora DC Comics. A personagem surgiu inicialmente em um quadrinho intitulado All Star Comics #8, porém a história de Diana Prince só teve notoriedade e sucesso com a publicação feita pela DC Comics em 1942 que usou a personagem em várias histórias inclusive de sua origem até a sua entrada na Liga da Justiça e se tornou o grande ícone do feminismo desde então.
No primeiro filme adaptado para os cinemas da Mulher-Maravilha (Wonder Woman, Warner Bros. Pictures, 2017) sob o cuidado e olhar da diretora Patty Jenkins ("Monster"). Diana Prince (Gal Gadot) nascida e criada em Themyscira (uma ilha criada por Zeus e lar das sábias e guerreiras Amazonas) que sempre foi destímida e corajosa e desperta a vontade de um dia se tornar uma grande guerreira e defender sua civilização contra o filho punido de Zeus, Ares o deus da guerra. Uma arma poderosa, presente de Zeus e principal posse das Amazonas chamada ''Matadora de Deuses'' que fica em uma torre nas fortalezas do paraíso em Themycira aos cuidados da rainha Hippolyta (Connie Nielsen) que guarda consigo um segredo sobre o poder da sua filha, Diana.
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Foto: Reprodução/ Wonder Woman - Warner Bros. Pictures. |
Esse poder chega à prova quando o espião americano Steve Trevor (Chris Pine) pousa perto desta ilha paradisíaca, com um esquadrão de marinheiros alemães no reboque. As Amazonas sabem muito sobre a batalha (e mostram muito bem com cenas bem coreografadas e extremamente recheadas de slow motion), mas nada sobre a pólvora, e muitos de suas arqueiras e cavaleiras superiores caem em um granizo de balas. Quando o laço mágico das Amazonas obriga Steve a dizer a verdade, e que ele está carregando informações que poderiam ajudar a acabar com a guerra, Diana insiste em acompanhá-lo de volta à frente, para que ela possa matar Ares e acabar com a guerra de uma vez por todas. Chegando na Inglaterra, Diana e Steve são forçados a escapar, já que a missão de Steve para parar o general alemão Ludendorff (Danny Huston) e a mortal guerra química da Dr. Maru/ Doutora veneno (Elena Anaya) interfeririam no armistício pendente.
Neste roteiro adaptado pela história de origem e que se passa em um imenso flashback em acontecimentos posteriores da aparição triunfal da heroína em "Batman VS Superman: A Origem da Justiça" (2016), Mulher-Maravilha pode parecer uma série de outras aventuras semelhantes nos últimos anos, mas onde ela resplandece está nos detalhes. A brincadeira é engraçada, o romance ressoa - os olhos profundos e escuros de Gadot e os azuis de Pine são uma combinação potente - e as apostas carregam substância real.
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Foto: Reprodução/ Wonder Woman - Warner Bros. Pictures. |
As cenas de ação de Diana são emocionantes porque são destinadas a parar a guerra, a não fomentá-la; A ideia de uma semi-deusa que usa o amor para combater a guerra pode parecer pateta no resumo, mas Jenkins faz o conceito funcionar. Quando Diana e Steve formam uma nova equipe que se juntam para pacificar e derrubar um forte alemão, em uma das cenas icônicas do cinema no qual uma super guerreira enfrenta sozinha um exército opressor. Porém, isso funciona bem, mas não é um reconhecimento de algum momento histórico dos quadrinhos ou até mesmo do icônico programa de TV com a Lynda Carter (1976).
Tecnicamente, o filme cai como os outros filmes que levam à precedência da "Liga da Justiça", mas há uma sensação inescapável de que a equipe criativa juntamente com Zach Snyder no comando e que o estúdio possivelmente aprenderam com as deficiências de filmes como "Batman VS Superman" ou "Esquadrão Suicida", por exemplo. Ainda há muita manipulação de cores acontecendo aqui, mas o resultado é um olhar que está mais no fim do espectro do sépia e do sol, em vez dos cinzas e sombras usuais. O CGI nem sempre é perfeito, e o excesso de Amazonas girando no meio do ar parece ser um afastamento de filmes anteriores da DC. Não posso reclamar da sua trilha sonora, que me fez ficar arrepiado em vários momentos no cinema, inclusive a "nova-música-tema" que se repete alternativamente nas aparições da heroína em suas melhores performances.
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Foto: Reprodução/ Wonder Woman - Warner Bros. Pictures. |
Quanto ao elenco, não se deve reclamar, desde a acertável aposta em Gadot que mistura sabedoria antiga e gravitas com o deleite e, sim, maravilha de alguém tomando sorvete pela primeira vez, e Pine tem o papel que é lhe concebido com um senso de dever e também um senso de humor. A espanhola Elena Anaya ("A pele que hábito''), para os bons cinéfilos observadores que perceberem o quanto é apropriado que ela interpretasse outro personagem que sofreu cirurgia plástica extrema; O filme dá a sua especialista em venenos a desfiguração de um "vilão estereotipado" - um enxerto facial que a faz parecer o "Fantasma da Ópera" -, mas ela ainda consegue encontrar uma alma dentro dessa desprezível criminosa de guerra. Porém, há sim outro acerto no elenco, como as aparições tão breves e do alívio cômico sob medida da venerável personagem de apoio que aparece nos quadrinhos Etta Candy, interpretado aqui por Lucy Davis ("The Office").
Mulher-Maravilha é um filme que não só melhora em muitas das deficiências aparentemente incorporadas de filmes de super-heróis, mas também combina sabedoria, sentimento e adrenalina no melhor estilo de Hollywood. Mas, é a diversão de uma sub cotação irônica do heroísmo antigo, mas a autêntica cobrança que o grande entretenimento pop oferece. E a conquista de um dos melhores filmes, ou quem sabe o único até agora, com o protagonismo de uma heroína feminina de maior sucesso no mundo. Dessa vez e finalmente, palmas para a DC!
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Avaliação do crítico:
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Muito Bom
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FICHA TÉCNICA
Direção:
Patty Jenkins
Direção:
Patty Jenkins
Roteiro:
Allan Heinberg
Elenco:
Elenco:
Gal Gadot, Chris Pine, Robin Wright, Elena Anaya, Connie Nielsen, Lucy Davis e David Thewlis.
Gênero:
Ação/ Aventura
Distribuição:
Gênero:
Ação/ Aventura
Distribuição:
Warner Bros. Pictures
O elenco fez um excelente trabalho no filme. Sinceramente os filmes de ação não são o meu gênero preferido, mas devo reconhecer que Mulher Maravilha superou minhas expectativas, é uma história sobre sacrifício, empoderamento feminino e um sutil lembrete para nós, humanos, do que somos capazes de fazer uns com os outros. É o melhor dos filmes de Gal Gadot é muito legal! Adorei está história, por que além das cenas cheias de ação extrema e efeitos especiais, realmente teve um roteiro decente, elemento que nem todos os filmes deste gênero tem. É impossível não se deixar levar pelo ritmo da historia. Eu recomendo muito e estou segura de que se converterá numa das minhas preferidas.
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