Resenha: Green Book - O Guia.


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Conhecendo as indicações da 91ª edição do Oscar - a cerimônia cultuada por cinéfilos do mundo todo – que nesse ano está datado para o dia 24 de fevereiro. Aliás, a lista de indicações recém-divulgada, como em todo ano, se assemelha com as premiações que antecedem ao principal evento, mas com algumas ressalvas e surpresas em algumas categorias. Não foi o caso de “Green Book” (Green Book: O Guia) que se manteve no favoritismo entre algumas categorias, inclusive a de melhor filme.

O longa, baseado em fatos reais durante acontecimentos na década de 70, dirigido e produzido por Peter Farrelly – sim, ele mesmo, responsável por pérolas da comédia como Debi & Loide, O Amor é Cego e Quem vai ficar com Mary? E mesmo assim, ele oferece ao seu filme – em vista a um projeto próprio e pessoal - a sua marca registrada com piadas prontas e uma mensagem final de aceitação e respeito pelo próximo. Enquanto ao roteiro, nota-se algo tão formulaico e presunçoso que não sei como foi indicado na categoria de melhor roteiro original – Será que a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas não notou isso? Porém, o que se sobressai é a magistral performance de seus dois protagonistas, destaque para Mahershala Ali – o favorito na categoria de Melhor Ator Coadjuvante, mais uma inquestionável decisão da Academia já que sua participação é efetiva e garantia facilmente a categoria de Melhor Ator. Viggo Mortensen que entrega um personagem fisicamente incorporado, um ítalo-americano típico: falastrão e comilão, e com um tom cômico preciso nesse encontro de duas pessoas totalmente opostas. 

Se analisarmos o filme como um road movie, lembrando a certo ponto o ótimo “Dirigindo Miss Daisy” (1989) em alguns momentos, a química entre os dois atores se intercala na amizade construída entre seus personagens, tornando o filme cativante e envolvente. Isso não quer dizer que o filme evita uma discussão apaixonada sobre a raça em um momento crítico, mas há muito a se tirar das outras formas como é abordado. “Green Book: O Guia” subverte certos momentos familiares de dramas envolvendo aceitação e também é um testemunho de por que o filme é tão bem-sucedido e adorado. E ao mesmo tempo é uma comédia dramática com uma mensagem afetiva e racialmente consciente. Atente-se a trilha sonora e a ambientação dos anos 70 que é magistral.


Imagens: Reprodução/Divulgação
Victor Luís | @_victo
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