Resenha: Capitã Marvel



Após anos de produções do Universo Cinematográfico da Marvel, chegamos hoje ao ponto alto esperado por todos que acompanham a evolução desse universo, ou seja, o primeiro longa dedicado a uma super-heroína que carrega o nome da empresa e a direção e o roteiro da Anna Boden. Diante ao enorme sucesso de Pantera Negra, no ano passado, o que aguardaríamos do filme seria um tom mais engraçado, épico e diferente? Porém, na saída da sala de cinema, precisei encarar os fatos: o longa, de certa forma me envolveu, mas sem muita inventividade e sem nenhum lado épico. Basicamente, um filme com as mesmas falhas que outros títulos do mesmo estúdio.

Capitã Marvel tem uma introdução arrastada que leva entre 10 e 15 minutos para ter uma ação de verdade entre Kree e Skrulls - seres intergalácticos, os primeiros são uma espécie de “Guardiões da Galáxia” e os segundos são seres que podem se metamorfosear para confundir seu adversário -. Mas, quando a heroína chega à Terra, o filme realmente começa (lembra-se vagamente do primeiro filme do Thor). O sentimento e o desejo de ver a dupla Vers/Carol (Brie Larson) e um rejuvelhescido Nick Fury (Samuel L. Jackson), respectivamente, é enorme. O encontro começa com uma discussão leve, mas que desenvolve tanta conexão entre os dois, que é satisfatoriamente bem-vinda. O enredo vai um pouco adiante e começamos a ter esperança e o fato é estabelecido: Capitã Marvel é a super-heroína mais poderosa do universo e é apenas isso! É uma pena, porque com um personagem com tal poder cósmico, teríamos esperado grandes cenas de luta e um desenvolvimento mais engrandecedor e épico. Mas a conquista é desesperadamente plana e motivacional.

No final das contas, o que consideramos decepcionante, tendemos a apontar o que não funciona ou o que não gostamos. E isso é normal. Sendo claro: Capitã Marvel é um filme com boas camadas na estrutura comercial e dividi opiniões em relação a sua empatia. Mas, isso não quer dizer que não temos bons momentos, é claro que temos, os quais especialmente são estrelados pelo Goose – o gato, ao tratamento dos Skrulls - o que eu achei mais original, o traje e o respeito da personagem também são muito bons. E é realmente tudo público. E então, o filme é verdadeiramente integrado em continuidade. Esse também é um aspecto positivo: o longa se apresenta como o filme na origem do universo Marvel e isso necessariamente lhe dá uma posição especial. Infelizmente, isso não é suficiente para dar uma pequena altura a um filme que não pode se destacar ou oferecer qualquer originalidade. Por fim, Capitã Marvel não pode ser considerado ruim, apenas muito, muito razoável.


Imagem e Vídeo: Reprodução/Divulgação - Walt Disney/Marvel Studios.
Victor Luís | @_victo
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